Alguns cavalos vão exigir de você a sensibilidade de reconhecer a intenção, o pensamento, a tentativa de colaborar.
Por menor que ela seja, pode ser tudo o que ele consegue te oferecer naquele momento.

O interessante de interagir com cavalos é que o caminho do refinamento e da percepção nunca termina. A não ser que você pare de caminhar.

É facil munir-se de teoria. Ela pode ser encontrada em livros ou contada por alguém. Além dela coloque na bagagem experiências acompanhadas dos princípios e da essência.

Aí sim você se torna diferente.
O problema é que existem muitos teóricos sem prática e poucos práticos pensantes.

A passividade, procrastinação e culpar algo ou alguém talvez sejam as características e ações que mais sirvam como uma auto-sabotagem.

E um dos elos que as une faz com que não tomemos uma atitude momentânea, seja por achar que nada podemos fazer, por deixar para depois ou simplesmente atribuir o fato a alguém ou algo para livrar-nos da responsabilidade.
É comum ouvirmos as frases:

– Isso sempre foi assim.

– Não dá pra mudar.

– O “sistema” é assim

– Depois eu faço.

– A culpa é de/do…

Dentre várias outras.

Percebam que todas elas, tangem o mesmo centro.

Caminhos de auto-sabotagem, que impedem que usemos das situações para o aprendizado, o autoconhecimento e a evolução como seres vivos , pensantes , criativos , sencientes , resilientes e flexíveis!

Esta dependência de que a mudança seja externa, vinda do outro, das situações, de momentos favoráveis e muitas vezes utópicos faz com que fiquemos estagnados, vegetantes e como observadores passivos de um grande jogo, o da vida, e que está correndo. E são essas mesmas ações que te farão reclamar, decepcionar e lamentar pelas oportunidades perdidas, ou pela falta delas.

Em casa, aprendemos desde cedo a mudar de dentro para fora.

Não esperar que os outros façam, o que é de nossa responsabilidade. E absolutamente tudo é de nossa responsabilidade. Somos 100% responsáveis pelo que nos ocorre, pela realidade em que criamos primeiramente em nossa mente, em nossas emoções e a materializamos neste mundo físico.

Então, antes de pedirmos educação, eduquemo-nos.

Antes de pedir “saúde”, cultivemos uma vida saudável.

Antes de reclamar da falta de oportunidade, capacite-se.

Antes de culpar, observe-se

Antes de pedir, faça!

Afinal, não há ninguém que possa fazer mais por você, do que você mesmo. AS pessoas podem te mostrar um caminho, te acender uma luz. Mas que a mantém acesa e segue caminhando, é você.

“Equilibre-se , largando as muletas.”

Muitas vezes ,quando diante das dificuldades, aparecerão atalhos, caminhos fáceis e rápidos , que momentaneamente darão a impressão de que seguindo por eles, estaremos totalmente livres dessas dificuldades.

Ao trilhar por este atalho, você abre mão de construir o caminho, que leva mais tempo, depende de aprendizado, reflexão e do tempo natural.

O equívoco, não está em usar os atalhos, as ferramentas ou as facilidades quando necessário. O problema é quando deixamos de pensar na construção do caminho, simplesmente por ter o atalho, a ferramenta o jeito mais fácil na mão.

Quando usamos do jeito mais fácil, ou seja, daquele que não nos faz refletir, perceber e aprender, não seguimos pelo caminho do equilíbrio, e sim, estamos nos apoiando em muletas.

E para que um caminho seja construído, devemos largar as muletas.

Grande parte das respostas que você procura, podem estar no silêncio e na observação!

Não é o que você faz, é como você faz!

Independente de onde quer que você queira chegar, não fique obcecado pelo objetivo.

Seja constante e foque na construção do caminho a ser percorrido. Porque assim , se alguma coisa der errado, você pode dar um passo atrás, e tornar a construir em outra direção.

Não basta saber pedir , a sabedoria está também em saber a hora certa de agradecer!

Por vezes nos deparamos com escolhas que mostram verdadeiramente quem somos. Podemos olhar para o lado e buscar a solução, podemos olhar para frente , para trás , para oque o outro tem e achar que lá , somente lá estão as soluções para nossos problemas ou para oque desejamos melhorar. Podemos pensar também o quanto a vida do outro é melhor, ou o quanto o cavalo do outro é mais bem treinado. E eu pergunto: quanto é que vamos parar de buscar a solução do lado de fora e vamos começar a olhar para dentro? A linha de mudança entre algo que poderia ser melhor ou poderia ser diferente da sutuação em que você se encontra está exatamente aonde começa a linha que diz: oque EU posso fazer para mudar isso. Isso chama-se assumir responsabilidades. Tanto na vida quanto com os cavalos, devemos assumir responsabilidades, e isso não significa que temos culpa de nada , a culpa é algo que atribuimos aos outros e que por isso achamos que não podemos interferir. É fácil dizer que um cavalo não é bom ou que não faz oque vc quer apenas porque ele é ruim. Assuma a responsabilidade , pergunte-se , reflita, conheça a você mesmo e as coisas que te rodearão serão seu reflexo!

Cavalos são como crianças. Você não pode ensinar dizendo apenas que está errado. Não se ensina com punição. Você pode punir e desencorajar, fazendo com que a tentativa de acerto seja cada vez mais encoberta pelo medo e insegurança. Ou pode corrigir e dizer : O que podemos fazer para melhorar isto? Oque nós podemos fazer para que isso saia de uma outra maneira? A escolha é sua!!!!